Princípios > Reduza a carga cognitiva da comunicação
Use a voz ativa
Explicação
Em uma frase escrita em voz ativa, o sujeito é quem realiza a ação. O contrário da voz ativa é a voz passiva, quando o sujeito da frase é quem sofre a ação.
Frases escritas em voz ativa são mais fáceis de entender porque seguem uma ordem lógica e não sobrecarregam o leitor com inversões. Algumas pessoas precisam converter mentalmente a voz passiva em voz ativa para entender uma frase, o que dificulta a compreensão, mesmo quando fazem isso sem perceber.
Escrever na voz ativa também deixa evidente quem faz o quê. Essa informação é importante, principalmente quando a comunicação orienta o público sobre como acessar um serviço ou direito.
Embora a voz ativa seja preferida na linguagem simples, a voz passiva também tem o seu papel. Ela é muito importante quando não se sabe ou não se pode determinar o agente da ação, o que ocorre com frequência no campo jurídico. Além disso, ela é fundamental quando o foco da informação não está no sujeito agente, mas sim no sujeito paciente. Por isso, considere sempre o contexto da sua comunicação ao escrever.
Exemplos
Os documentos devem ser entregues na recepção.
Você deve entregar os documentos na recepção.
As dúvidas foram encaminhadas para o setor responsável.
A gerente encaminhou as dúvidas para o setor responsável.
Considerou-se intempestiva a solicitação.
A Diretoria considerou que a solicitação foi feita fora do prazo.
Referências
Manuais e guias
- Como usar a Linguagem Simples ↗ (2021), de ÍRIS – Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará. Português. 16 páginas.
- Five Steps to Plain Language ↗ (sem data), de Center for Plain Language. Inglês.
- Fugindo do “burocratês”: como facilitar o acesso do cidadão ao serviço público ↗ (2016), de Gespública. Português. 12 páginas.
- Guia de Linguagem Simples TJRS ↗ (2021), de Comissão de Inovação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Português. 108 páginas.
- Guias Orientadoras (sem data), de LabX – Centro para a Inovação no Setor Público. Português. 5 páginas.
- Guía de Lenguaje Claro para Servidores Públicos de Colombia ↗ (sem data), de Departamento Nacional de Planeación. Espanhol. 52 páginas.
- Linguagem Simples na Gestão Pública ↗ (2021), de Lab.MG. Português. 69 páginas.
- Manual de estilo de lenguaje claro (2016), de Gobierno de Aragón. Espanhol. 90 páginas.
- Readability Guidelines ↗ (sem data).
- Redigir com clareza ↗ (2015), de Comissão Europeia. Português. 16 páginas.
- Écrire pour être lu ↗ (sem data), de Michel Leys. Francês. 84 páginas.